Ricardo Winicki, o Bimba, ficou marcado pelo maior fracasso das Olimpíadas de Atenas, em 2004. Desconhecido no Brasil na época, ele chegou à última regata da classe Mistral com uma medalha praticamente assegurada. O ouro era uma possibilidade forte. A prata ou o bronze só não iriam para ele se um desastre acontecesse. E aconteceu.
Hoje, quatro anos depois e com uma nova prancha (a vela trocou o equipamento do windsurf da velha Mistral para a nova RS:X), o carioca recorreu a trabalhos com psicóligos do Comitê Olímpico Brasileiro para ter tranqüilidade na busca pelo seu primeiro pódio.
Para Bimba, o trabalho até os Jogos, que tem início na próxima semana, não é mais na água. "Agora não há mais nada a fazer. É hora de treinar a cabeça, colocá-la no lugar", afirmou o campeão mundial em 2007. Durante os últimos oito meses, seu foco foi a preparação olímpica.
"Fiz um acompanhamento com o pessoal da psicologia do COB e tem sido superpositivo, ainda mais para encarar as dificuldades que terei na China. Estou tranqüilo", explicou o velejador.
Os obstáculos que o carioca enfrentará, porém, não são apenas os mentais. Em Qingdao, cidade onde será disputada a competição de vela dos Jogos de Pequim, os velejadores enfrentarão ventos fracos, fortes marés e, possivelmente, algas na raia - nos últimos meses, o mar de Qingdao ficou verde, lotado com algas marinhas.
Além disso, ele não terá equipamento próprio por lá. Ao contrário da maioria das competições que disputa, Bimba não poderá levar a própria prancha ou suas velas para a prova e terá de usar o que será cedido pela organização. Todo o equipamento será sorteado no próximo dia 29.
"Eu preferia levar o meu. Mesmo sendo novinho, saído de fábrica, nada é 100% igual, sempre tem um dedinho humano na fábrica que pode fazer algo diferente", explicou o brasileiro.
RX:S feminino
Ao lado do experiente Bimba, a classe RX:S conta com a caçula da delegação de vela, Patrícia Freitas, de 18 anos. Nascida em Washington (EUA), a novata terá muito trabalho até a competição em Qingdao, uma vez que não teve oportunidade de conhecer o local.
"Eu ainda não tive oportunidade de velejar, pois estava competindo no circuito juvenil", comentou a velejadora, que mora no Rio de Janeiro. "Isto é muito ruim, mas pelo menos terei bastante tempo para me adaptar antes da competição. Sei que estou velejando bem e que será difícil, mas dá para chegar".
Fonte
Can women be competitive in F1?
Há 10 anos
2 comentários:
Hehe, o título foi de sacanagem, só pode
Será, hehehe
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