O dia da Corrida

O dia da corrida

Há vários anos o Brasil seguia sem um campeão mundial de fórmula um, fator que aumentava a motivação para esta decisão. Após um desempenho surpreendente em um carro considerado fraco que mais parecia um jipe, o piloto Rodrigo conseguiu chegar à última corrida da temporada em condições de vencer o campeonato. Bastava ele chegar na frente do seu rival, o italiano Ivan Capelli, que garantiria o título mundial. Por sinal, a rixa entre os dois pilotos já estava bem acirrada, segundo Capelli, Rodrigo não dava os seus devidos méritos, chegando a soltar nota na imprensa afirmando que “dar créditos é saudável, e até recomendável eu diria".



Corria 25 de dezembro, era uma corrida atípica no dia de Natal. Capelli possuía um carro melhor e o grid de largada não era bom pra Rodrigo. Ele iria largar em 10º enquanto seu rival iria sair na primeira posição. Após a largada a situação ficou ainda mais desagradável. O jipe falhou e Rodrigo caiu para último, até conseguir sair com o carro da inércia.



Rodrigo desanimou, mas não desistiu. Depois deste problema fatídico, o brasileiro dirige com sangue nos olhos, tentando recuperar as posições, até acontecem quatro fatos que mudam por completo a sorte do piloto Titanítico.



Primeiro, um engenheiro de software que se assemelha a Lewis Hamilton que trabalha na equipe do Capelli comete um erro crasso. Modificou o sistema de tração automática sem querer, fazendo com que o italiano fizesse as curvas por um traçado maior do que o necessário. Só depois de certo tempo de prova o problema foi corrigido,o que não impediu o carro de perder bastante tempo.

Foi do meteorologista da equipe, conhecido como Coalhada, o segundo fato notório. Ele havia sentenciado “vai fazer muito sol mesmo, tenho certeza absoluta”. Porém, o tempo aos poucos foi fechando e caiu uma chuva forte. A certeza do Coalhada era tamanha que a equipe não tinha trazido para perto da equipe os pneus específicos para a ocasião. Na hora que o temporal apertou foi necessário buscar no depósito, fazendo com que se perdesse ainda mais tempo com Rodrigo chegando a ultrapassá-lo.



Mas a corrida ainda não havia sido encerrada, Capelli volta pra pista e graças a uma pequena modificação estratégica do carro feita pelo engenheiro chefe, o Professor Pardal, o carro do corredor Italiano ganhava 10% de velocidade em cada volta, encostando no piloto brasileiro. Na última volta Rodrigo foi ultrapassado. Com o ritmo de prova, já se conformava com a derrota.




Capelli conduzia bem o carro na úlima volta. Até que olha para o lado e vê o fiscal de prova conhecido como Chavez, levantando uma bandeira vermelha. Ele tenta reduzir a velocidade mas não consegue. Angustiado na tentativa de frear o carro, ele sai da pista, sendo ultrapassado por Rodrigo na última curva. Apesar da ultrapassagem, ele cruza a linha de chegada feliz, pois acreditava que Rodrigo seria eliminado pela ultrapassagem com bandeira vermelha.



Capelli só não contava que o abobalhado fiscal de prova era daltônico e levantou a bandeira vermelha achando que era a verde, corrigindo logo em seguida. Como não foi captado por nenhum órgão da imprensa, não foi considerado um protesto válido e Rodrigo se sagrou campeão mundial de Fórmula um

E Lewis Hamilton, Coalhada, Professor Pardal e Chavez foram demitidos de suas respectivas funções.

Parabéns, pelo aniversário e pelo título mundial!